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quarta-feira, 2 de março de 2016

Mídia esquerdista e conservadora unidas contra Trump



Por Ann Coulter
20 de janeiro de 2016

Nunca tivemos uma guerra total contra um candidato como estamos vendo contra Donald Trump. Todos os elementos da mídia nacional estão unidos para pará-lo.

Procuram um falso escândalo com Trump para noticiar, provavelmente de um portal de notícias conservador, antes da convenção de Iowa.

Alguns meses atrás, uma suposta citação de Trump de uma entrevista à revista People em 1998 estava circulando na internet, alegando que Trump disse que se ele se candidatasse para presidente, iria concorrer como um republicano porque os eleitores republicanos são "o grupo mais idiota de eleitores do país. Eles acreditam em qualquer coisa na Fox News. Eu posso mentir e eles vão continuar engolindo isso."

Eu paguei muito para a Nexis[1] e Trump nunca disse qualquer coisa remotamente paracida com isso. O site snopes.com investigou também, e concluiu, da mesma forma, que a citação foi uma fraude. Mas você pode, provavelmente, encontrar algum idiota tuitando isso agora mesmo.


Na última semana, Glenn Beck "retuitou" uma postagem supostamente tuitada por Trump no dia da eleição de 2012, dizendo: "Eu sempre voto nos vencedores! Parabéns ao meu amigo, @BarackObama!"[2]

Se isso não soa como Trump, é porque ele nunca disse isso. O retuíte de Beck fez isso parecer real, mas você pode checar os arquivos do Twiter do Trump.

Todas as histórias sobre Trump ser uma fraude continuam mostrando serem a fraude real. Eu assumo que, como todos os seres sencientes, ele mudou de ideia sobre algumas coisas. Mas o fio consistente correndo por meio de toda sua vida é seu amor por seu país e seus compatriotas americanos.

O ataque a Trump da mídia "conservadora" chamando-o de socialista, Democrata, vira-casaca, falso conservador são apenas xingamentos. Eu percebo que os acusadores nunca incluem exemplos, não verdadeiros, de qualquer modo. Aqui estão alguns exemplos de como Trump tem sempre colocado a América em primeiro lugar. Não seria bom ter um presidente que gosta mais de nós do que gosta de estrangeiros, e dos ricos doadores que empregam eles?

Em 1986, Trump viu uma transmissão de TV com Annabell Hill, cujo marido de 67 anos cometeu suicídio 20 minutos antes que a fazenda de sua família fosse leiloada em uma venda de encerramento, esperando que o dinheiro do seguro de vida seria suficiente para salvar a fazenda. Mas não foi.

Trump imediatamente chamou Annabell, prometendo salvar sua fazenda e doando 20 mil dólares para os esforços. "Na noite passada, quando ele ligou, meu coração bateu forte," disse Annabell para o "World News Tonight" da ABC. "Eu nunca falei com um homem com tanto dinheiro antes. E ele me assegurou que um dia a terra seria minha. Eu pensei, depois que desliguei: "Isso não pode ser verdade, isso não pode ser verdade.""

Como Trump explicou para  o "Atlanta Constitution" naquela época, "Eu tenho visto o que está acontecendo aos fazendeiros, mas estou particularmente interessado na amável mulher que vi, Annabell Hill."

Dentro de um mês de uma campanha lançada por Trump com dois outros empresários para salvar a fazenda de Annabell, eles tinham levantado mais de 100 mil dólares. Um dos empresários, Frank A. Argenbright Jr. disse, "Isso é, totalmente, graças ao Sr. Trump e sua organização. A maior parte do dinheiro veio da área de Nova York."

No natal daquele ano, Annabell e toda sua família voaram para Nova York para gravar a hipoteca no átrio da Torre Trump e ter um jantar de natal com toda família Trump. A amável Annabell disse, "Bem, tivemos uma celebração real, não somente para celebrar o nascimento de Jesus mas também para celebrar a bondade no coração dos homens."

Trinta anos atrás, Trump não estava pensando sobre concorrer para presidente. Ainda assim, isso é como ele explica sua campanha para salvar a fazenda de Annabell, como citado pela The Associated Press: "Nós damos um monte de dinheiro para países estrangeiros que não dão a mínima para nós, mas não ajudamos os agricultores americanos."

Dois anos depois, Trump foi entrevistado por Larry King na Convenção Nacional Republicana de 1988.  Por favor, veja essa entrevista [3], é fabulosa.

Duas coisas será de particular interesse. Primeiro, observe como Trump retoma um assunto para elogiar Dan Quayle. King nem mesmo perguntou a ele sobre Quayle, uma figura que a mídia ridicularizava na época por causa de seu conservadorismo do Centro-Oeste. É Trump que continua se referindo a Quayle para dizer que ele é um "cara muito impressionante" que fez "um grande trabalho, eu não quero dizer um bom trabalho, eu quero dizer um grande trabalho."

Segundo, Trump rejeita expressamente a caracterização que King faz dele como um "Republicano do Leste," ou um "Republicano Rockefeller," dizendo que as pessoas com as quais ele se relaciona melhor são "os taxistas e trabalhadores."

Os negócios de Trump estão no setor imobiliário, e o setor imobiliário não pode ser terceirizado. Sua bandeira está plantada nesse país. Se a América cair, seu império cai. 

Estudiosos conservadores continuam assegurando aos expectadores sem noção que Trump não é um "republicano de verdade." Eles parecem não entender o que os expectadores estão dizendo, que isso é fantástico! Obrigado por me lembrar. (Eu aguardo ansiosa por ver os apresentadores de Talk Show conservadores, daqui a 20 anos, vendendo a si mesmos como "Republicanos Trump.")

Olhando para o que o partido se tornou, eu certamente espero que ele não seja um "republicano de verdade." Eu sei que ele é um americano de verdade. Isso costumava ser a mesma coisa. 

COPYRIGHT 2016 ANN COULTER

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Tradução: João Henrique Pereira

N. T. 

1. Companhia com o maior banco de dados do mundo de arquivos jornalísticos disponíveis para pesquisa;

2. Glenn Beck reconheceu posteriormente que a postagem era falsa, ele afirmou em sua conta no Twiter:
"Eu lido com meus erros.
Recentemente eu retuitei um tuíte de Donald J Trump que indicava que ele havia votado em Barack Obama. Esse tuíte foi uma farsa, e peço desculpas a Donald Trump por repostá-lo.";

3. Larry King entrevista Trump na Convenção Republicana em 1988 (em inglês sem legendas):


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