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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A ameaça do comunismo | Ezra Taft Benson



A ameaça do comunismo
Por Ezra Taft Benson

Conferência geral, 6 de abril de 1960.


O Élder Ezra Taft Benon discursa na Conferência Geral de abril de 1960 sobre a ameaça do comunismo. Analisa a estratégia de expansão do comunismo soviético, que em 40 anos havia conseguido domínio sobre mais de 700 milhões de pessoas, e como seria a vida americana se os EUA viessem a se tornar comunistas. Explica o que o povo americano deveria fazer para evitar que esse mal ocorresse. Há muitas lições a serem aprendidas aqui. (O Estandarte)


Meus irmão e irmãs, se o Senhor me abençoar, espero dizer algumas palavras a respeito de uma das mais séria ameaças do mundo. No Velho Testamento lemos: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento." (Oséias 4:6)

Como nos dias do Velho Testamento, nós, hoje, precisamos de conhecimento. Precisamos conhecer nossos inimigos. Precisamos avaliar clara e cuidadosamente os perigos que o mundo livre enfrenta. Ao mesmo tempo devemos assegurar-nos o conhecimento que nos dá e a nossos amigos de todo o mundo, coragem e confiança para encarar o futuro--não com terror mas sim vigilantes. Do conhecimento vem a força, e da força vem o poder de preservar a liberdade tanto no lar quanto fora dele.

O Presidente Eisenhower e outros homens dedicados vem trabalhando incansavelmente para ajudar o mundo livre a compreender melhor o implacável conflito entre o bem e o mal, que está cada vez mais tomando corpo.
Estamos agora começando um período de conferências. Em primeiro lugar em Summit, no mês de maio, e novamente em junho quando o Presidente viajará para Moscou a fim de visitar a Rússia por dez dias. (junho 1960)

Como disse o presidente em sua mensagem (State of the Union Message) de janeiro último, "Continuemos em nossa busca pela paz, e com nossos esforços chegaremos a 'acordos mutuamente fortalecidos.'"

Nós, aqui nos Estados Unidos, temos uma enorme responsabilidade de ajudar a manter a paz e a liberdade e fazermos recuar as nuvens escuras de ameaça de guerra, causadas pela tensão internacional.

O poder do comunismo depende, em grande parte, da ignorância do povo. O conhecimento é uma coisa perigosa--para estados totalitários; mas representa uma força para um povo livre.

Existem alguns pontos fundamentais que nunca se deve deixar de ter em conta, para que não seja dito de nossa terra: "O meu povo destruído, porque lhe faltou o conhecimento."

Nós nunca devemos esquecer o que é realmente o comunismo. Ele está longe de ser um sistema econômico, pois é um inteiro sistema de vida--ateu e completamente contrário a tudo aquilo que zelosamente defendemos.

Nós cremos num Criador Todo-poderoso. O comunismo ensina que tudo na vida é resultado do movimento de forças da natureza.

Nós acreditamos na dignidade do homem. O comunismo prega que os seres humanos nada mais são do que bestas graduadas, e portanto não hesita em destruir aqueles que se interpõem em seu caminho. Os comunistas russos em seu delírio de conquista liquidaram milhões de seus próprios patrícios, e os comunistas chineses aniquilaram dezenas de milhões--talvez uns 30 milhões.

Nós acreditamos num código moral. O comunismo nega o certo ou o errado inato. Como disse W Cleon Skoursen em seu livro "O comunismo nu": "O comunista convenceu-se de que nada que corresponda à oportunidade é mal." Essa é uma das doutrinas mais abomináveis. As pessoas que verdadeiramente aceitam tal filosofia são pessoas que nunca tiveram consciência ou honra. Força, astúcia, mentiras, promessas quebradas, tudo se justifica.

Nós acreditamos na religião como um sistema de vida resultante de nossa fé em Deus. O Comunismo afirma que todas as religiões devem ser derrubadas pois elas inibem o espírito da revolução mundial.

Earl Browder, antigo líder do partido comunista nos Estados Unidos disse, "(...) nós comunistas não fazemos distinção entre religiões boas ou más, pois cremos serem elas todas más."

Essa filosofia ateísta e degradante, conquanto militante é sustentadas com a força e os recursos de um grande país de cerca de 210 milhões de habitantes e uma sempre crescente economia. Em suma, o comunismo edificou um império de mais de 700 milhões de pessoas, tendo além disso agentes em todos os países livres, cujo objetivo último é derrubar a ordem social existente a fim de colocá-los sob a bandeira vermelha.

O objetivo principal do comunismo, não temos dúvidas a esse respeito, é destruir qualquer sociedade que se atenha aos princípios de liberdade espiritual, econômica e política---a integridade do homem.

Como principal expoente da sociedade livre, os Estados Unidos são, desta maneira, o alvo principal da filosofia marxista.
Internacionalmente, o comunismo procura isolar-nos do resto do mundo livre. Aqui no lar, o comunismo busca continuamente a desintegração do sistema de vida americano. Ele empenha-se em usar a instrução, a ciência, a literatura, a arte e até mesmo as igrejas, a fim de destruir nossa sociedade livre.

Suponhamos, por um momento, que este país caia sob o domínio comunista. Quais serão os frutos dessa calamidade? Primeiramente, as verdadeiras posições de nosso governo seriam imediatamente removidas de Washington para Moscou.
William Z Foster, o antigo líder do Partido Comunista nos Estados Unidos, disse "Quando o comunismo dirigir o governo dos Estados Unidos--e esse dia virá tão cedo quanto o nascer do sol--o governo não mais será um governo capitalista mas sim um governo soviético, e atrás desse governo irá ficar o exército vermelho para assegurar a ditadura do proletariado."

O que isso significaria para a minha ou a sua vida diária? Poderíamos nós ser donos de nossas próprias casas? Nossos domicílios seriam divididos, e teríamos que pagar o aluguel que o Estado fixasse.

Poderíamos nós ser donos de nossas próprias fazendas? Elas seriam agregadas e tornar-se-iam propriedades do Estado e nós teríamos que trabalhar sob as ordens do governo.

Poderíamos estabelecer um negócio e empregar pessoas a fim de trabalharem para nós? Isso nos tornaria criminosos.

Poderíamos trabalhar onde quiséssemos? Nós iríamos trabalhar quando, onde e como nos mandassem--e o governo daria as ordens.

Sindicatos trabalhistas como os que conhecemos agora não seriam permitidos, nem câmaras de comércio, ministério da fazenda ou Rotary Clubes e outras organizações. O que aconteceria com nossas contas bancárias? Tudo que ficasse acima de uma pequena soma seria confiscado e o restante seria controlado pelo governo para nós. O governo aboliria nosso seguro.

Com exceção de alguns poucos pertences pessoais não teríamos nenhum imóvel para deixar às nossas famílias quando morrêssemos.
Somente poderíamos viajar pelo país com a permissão da polícia.

Não poderíamos viajar para o exterior ou casar casar com um estrangeiro sem uma permissão específica do governo.

Nem mesmo poderíamos escrever livremente a nossos amigos em outros países.

Nossos filhos frequentariam uma escola escolhida por eles, e pelo tempo que o Estado permitisse. Lenin disse "dê-nos uma criança de oito anos, e ela será um bolchevista para sempre."

Aos professores só seria permitido lecionar o que o estado autorizasse. William Z Foster disse: "Nossos professores deverão escrever novos livros escolares e modificar a história conforme o ponto de vista marxista."

Pertencer a uma igreja seria a certeza de trazer discriminação e penalidades sobre nós e nossas famílias. A grande totalidade das igrejas tonar-se-iam museus do Estado ou armazéns.

Nenhum acordo é possível com um mal como esse.

Haverá algum perigo real de que tal calamidade recaia sobre nós? Minha resposta é apenas a narrativa do seguinte e chocante fato:

Em quarenta anos, o comunismo, por trapaças e força, tem sublevado mais pessoas para seu domínio do que o número total de cristãos agora viventes no mundo inteiro--e o cristianismo tem uma existência de quase dois mil anos.

Nós não nos atrevemos a subestimar o zelo comunista, nem suas aspirações de poder. Isso seria nossa destruição.

Nós não ousamos aceitar promessas comunistas por seu valor nominal.

A situação alemã é um dramático exemplo.
A União Soviética separou em 1940 sua zona de ocupação alemã--quebrando uma promessa.

Ela organizou um poderosa força policial semi-militar na Alemanha Oriental--quebrando outra promessa.

A União Soviética concordou com um governo de quatro autoridades em Berlim, e em seguida estabeleceu uma Berlim Oriental autônoma--quebrando sua promessa.
Visitei no último inverno a União Soviética, dispendendo a maior parte do meu tempo com a bondosa, honesta e laboriosa gente do campo. Estou certo de que o povo russo anseia pela paz, e de que podemos antever uma era de paz se os governo do mundo corresponderem aos anseios do povo. Mas não vejo demonstrações de que os líderes comunistas tenham alterado seus intentos de conquista mundial--por meios econômicos se não militares.

No que concerne à eficácia e produtividade agricultural, a União Soviética está muito atrás dos Estados Unidos. Porém, eles têm um potente e substancial crescimento.

Mediante grandes esforços, inclusive incentivo econômico, a agricultura soviética tem aumentado sua produção, de cinquenta ou mais por cento nos seis anos passados.

Cerca de cinquenta milhões de pessoas trabalham na agricultura e silvicultura russa--mais de quarenta porcento de sua força de trabalho--comparadas com pouco mais de sete milhões de pessoas nos Estados Unidos, ou seja, menos de dez porcento de nossa força de trabalho.

Eles têm relativamento poucas máquinas para agricultura, comparando-se com os Estados Unidos e em grande escala o trabalho é manual, a maioria feito por mulheres.
Enquanto que um trabalhador nos Estados Unidos produz suficiente alimento e fibra para cerca de vinte e cinco pessoas--um trabalhador na Rússia produz o bastante para cinco ou seis pessoas.

O trabalhador típico russo possui um par de sapatos e uma muda de roupa. Isso porque tem que dispender um mês de salário para comprar um par de sapatos e 2 meses ou mais para comprar um novo traje.

Eles colocando uma fachada ousada em relação a sua capacidade de recuperação do atraso. Vi centenas de cartazes na URSS incitando os fazendeiros a suplantar a produção dos Estados Unidos. Vi também numerosos cartazes predizendo a vitória final do sistema comunista.

Mas nós, neste país, estamos indo para frente também.
Eu sinto que os soviéticos não irão igualar ou suplantar nossa produção, agora ou em qualquer tempo, sob seus sistemas de agricultura. Por que? Porque eles nunca poderão reproduzir os planos de eficiência e fértil habilidade que podem ser levados avante em uma sociedade livre.

Mas não os menosprezemos. Pelo contrário, esforcemo-nos firmemente para tornar cada vez mais eficiente nosso próprio sistema livre de agricultura e indústria. E fiquemos cada vez mais vigilantes.

O que podem vocês ou o que posso eu fazer para ajudar a enfrentar esse grave desafio de um sistema ímpio, ateu e cruelmente materialista?
Primeiro, avaliemos os tesouros que estamos de posse. Esta é uma terra escolhida--a América inteira-escolhida acima de todas as demais. Abençoada pelo Todo Poderoso. 

Nossos antepassados assim a fizeram e conservaram. Ela continuará sendo uma terra de liberdade e paz, por tanto tempo quanto nos mostremos capazes e desejosos de prosseguir na luz dos princípios fiéis e duradouros da verdade.
Segundo, façamos toda a nossa parte para estarmos livres. Estejamos eternamente atentos contra o acúmulo demasiado de poder no governo. Preservemos aqui em nosso país livre um clima genuíno no qual o homem possa evoluir.

Terceiro, reafirmemos nosso patriotismo, nosso amor pelo país. O patriotismo é mais do que uma bandeira ondulante ou palavras bombásticas. É a forma pela qual respondemos às necessidades públicas. Reafirmemo-nos como patriotas no mais elevado sentido da palavra.

Quarto, ajudemos todos a edificar a paz. A verdadeira paz brota, nasce internamente. Seu preço é a honestidade, e para obtermos honestidade devemos conhecer a forma de nos portar, individual e coletivamente, para assim ganharmos a lealdade e devoção de outros homens.

Finalmente, redediquemos todos nossas vidas e nossa nação a fazer a vontade de nosso Pai. Como cada um de vocês, eu amo esta nação. É minha firme crença que o Deus do céu guiou os nossos Pais Fundadores no estabelecimento desta nação, para Seu propósito particular. Não obstante, o propósito de Deus é construir um povo de caráter livre, não monumentos físicos de acúmulo material.

Nações que amam verdadeiramente a liberdade amam a Deus. A história está repleta de exemplos de poderosas nações antigas que esqueceram a Deus. Nenhuma nação amadurecida na iniquidade pode subsistir por longo tempo. "A justiça exalta as nações; mas o pecado é o opróbrio dos povos." Provérbios 14:34)

Nós, nesta terra, temos uma rica herança de liberdade. Ela nos tem recompensado além das expectativas--chave da segurança nacional--e é a preservação da iniciativa, da vitalidade, energia, e abundância de recursos de nosso povo. Nosso progresso material é simplesmente um sub-produto de nossa liberdade. A liberdade dada por Deus, um princípio básico da verdade religiosa, é ainda a força mais poderosa na face da terra.

Os povos do mundo anseiam pela paz-e eu incluo especialmente o povo da Rússia.
Eis porque podemos levar estas palavras aos russos com força íntima porém sem nenhuma ilusão. Sabemos que o conhecimento do inimigo ensina-nos a ter cautela e precaução; sabemos também que falamos a milhões de povos oprimidos no lado soviético da Cortina de Ferro, todos aqueles que desejam paz com dignidade humana.

Eu gostaria de concluir dizendo que qualquer sistema que prive os homens de seu livre arbítrio, que debilite o lar e a família, que dependa da mortandade para alcançar poder, que negue toda responsabilidade moral, e assegure que o homem vive somente para seu pão, negando a existência de Deus, é do diabo.

Essa é a filosofia comunista. Não há evidência positiva de que tenha mudado nos últimos quarenta anos.

O conhecimento do inimigo e de nós mesmos dá-nos força para lutar, a luta benéfica da liberdade e da paz mundial.

Que nunca venha a ser dito de nossa terra: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;" eu humildemente oro, em nome de Jesus Cristo. Amém.

Publicado em português na A Liahona de março de 1961.
https://drive.google.com/file/d/0B03vqUZJPHQ7czYxbENVWmFzbkk/view
Tradução de Lilian S Silveira

Texto em inglês: http://scriptures.byu.edu/gettalk.php?ID=1072

quarta-feira, 14 de junho de 2017

5 coisas que você deveria saber sobre a política mórmon




A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias permanece enigmática para a maioria das pessoas nos EUA. Ainda menos se sabe sobre a participação dos mórmons na política.

Para ser justo, poucos são os que acompanham questões sobre religião e política de perto que saibam muito sobre a participação dos mórmons no processo político.

Mas espera-se que isso mude. Os cientistas políticos David Campbell (Notre Dame), John Green (Akron) e Quin Monson (BYU) têm um novo livro sobre os mórmons na política americana. Seeking the Promised Land é um olhar compreensivo na política mórmon que mostra o que um típico membro SUD pensa sobre política.

Apresento aqui meus cincos destaques do livro, cinco maneiras em que os mórmons são um “povo peculiar” na política americana.


1. Os mórmons já foram o inimigo público nº 1 dos republicanos

Quando o Partido Republicano redigiu a primeira plataforma do partido em 1856, ela incluía uma resolução clamando para que o Congresso proibisse "nos territórios essas relíquias gêmeas da barbárie, poligamia e escravidão”. Isso mesmo. A escravidão não era o único grande mal a ser erradicado. Também o era a poligamia, praticada pelos mórmons na época.

Durante a predominância republicana na política nacional depois da Guerra Civil, os mórmons foram virtualmente mantidos fora da política. Foi apenas depois que os SUD mudaram sua posição sobre a poligamia que Utah recebeu a condição de estado. A Constituição de Utah inclui a cláusula que proíbe a prática: “A poligamia ou o casamento plural são proibidos para sempre.”

O partidarismo mórmon depois da condição de estado pode ser descrito como bipartidário. Não foi até os anos 70 que os mórmons se moveram solidamente para o campo republicano.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A Igreja Secular: a profecia do Élder Maxwell sobre a guerra contra o cristianismo


Élder Neal A Maxwell
Presidente do Primeiro Quórum dos Setenta de
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Universidade Brigham Young
10 de outubro de 1978

Tradução: João Henrique Pereira




Discipulado inclui boa cidadania; e em relação a isso, se você for um estudante cuidadoso das declarações dos profetas modernos, perceberá que, com raras exceções--especialmente quando a Primeira Presidência tem falado--a preocupação expressada tem sido sobre questões morais, não questões sobre partidos políticos. As declarações são sobre princípios, não sobre pessoas, e causas, não candidatos. Em algumas ocasiões, em outros níveis da Igreja, alguns não foram tão discretos, tão sábios ou tão inspirados. 

Mas não se enganem, irmãos e irmãs; nos meses e anos seguintes, os eventos requererão de cada membro que ele ou ela decidam se seguirão a Primeira Presidência. Os membros encontrarão maiores desafios para os fazer coxear entre dois pensamentos. (ver 1 Reis 18:21)

O Presidente Marion G Romney disse, muitos anos atrás, que ele nunca havia exitado em seguir o conselho das autoridades da Igreja, "mesmo que isso interferisse em minha vida social, profissional e política" (CR, abril de 1941, p. 123). Essa é uma doutrina dura, mas é uma doutrina particularmente vital em uma sociedade que está tornando-se mais iníqua. Em resumo, irmãos e irmãs, não ter vergonha do evangelho de Jesus Cristo inclui não ter vergonha dos profetas de Jesus Cristo. 

Estamos entrando em um período de inacreditáveis ironias. Vamos citar apenas uma dessas ironias que ainda está em seu estágio sutil: veremos em nossa época um máximo de esforço feito, embora indireto, para estabelecer a irreligião como a religião do Estado. Essa é realmente uma nova forma de paganismo que usa as cuidadosamente preservadas e cultivadas liberdades da civilização ocidental para limitar a liberdade, mesmo enquanto rejeita o valor essencial de nossa herança judaica-cristã. 

M J Sobran escreveu recentemente:


Os Moduladores da Constituição... proibiram o Congresso de fazer qualquer lei "a respeito" do estabelecimento de religião, assim, deixaram os estados livres para fazê-lo (como muitos deles fizeram); e eles explicitamentee proibiram o Congresso de limitar "o livre exercício" de religião, dando assim à prática religiosa a ênfase retórica que concorda plenamente com a preocupação especial que sabemas que tinham com a religião. É preciso uma ingenuidade em especial para concluir disso uma indiferença governamental com a religião, muito menos um secularismo agressivo. Sim, há aqueles que insistem que a Primeira Emenda realmente prescreve a imparcialidade do governo não somente com uma religião específica, mas com a religião como tal; assim, a isenção de impostos para igrejas é agora considerada inconstitucional. É espantoso [ela continua] pensar que uma cláusula que claramente protege a religião pode ser interpretada como uma exigência de que seja negado a ela um status rotineiramente concedido a estabelecimentos educacionais e de caridade, que não têm nenhuma proteção constitucional. Longe de igualar a descrença, o secularismo conseguiu virtualmente estabelecê-la. 
[Ela continua:] O que os secularistas estão exigindo cada vez mais, em sua forma ingênua, é que pessoas religiosas, quando agirem politicamente, ajam apenas em bases seculares. Eles estão tentando igualar a prática da religião com o estabelecimento da religião. E, eu repito, as consequências dessa lógica é realmente estabelecer o secularismo. É, de fato, forçar os religiosos a internalizar a principal premissa do secularismo: que a religião não têm nenhuma relação adequada com os assuntos públicos. [Human Life Review, Summer 1978, pp. 51–52, 60–61]

Irmãos e irmãs, a irreligião como a religião do estado seria a pior de todas as combinações. Sua ortodoxia seria insistente e seus inquisidores inevitáveis. Seu ministério pago seria numeroso. Seus Césares seriam insuportavelmente condescendentes. A maioria entre eles--quando confrontadas com alternativas claras--fariam a escolha de Barrabás, assim como fez a turba a séculos atrás quando Pilatos os confrontou com a necessidade de decidir.  

Seu discipulado pode ver o dia em que as convicções religiosas serão fortemente desencorajadas. M J Sobran também observou, "Uma convicção religiosa é agora uma convicção de segunda classe, da qual é esperado que caminhe em deferência para o fundo do ônibus secular, e não reclame sobre isso." (Human Life Review, Summer 1978, p. 58). Esse novo imperialismo irreligioso procura desaprovar certas opiniões do povo simplesmente porque essas opiniões surgem de convicções religiosas. Resistência ao aborto logo será vista como primitiva. Preocupação com a instituição da família será vista como ultrapassada e ignorância.

Em suas formas mais suaves, a irreligião será meramente condescendente com aqueles que possuem valores judaico cristãos tradicionais. Em suas formas mais duras, como sempre acontece com aqueles que são cegados pelo dogmatismo, a igreja secular fará tudo o que puder para reduzir a influência daqueles que ainda se preocupam com padrões como os dos 10 mandamentos. Basta apenas um pequeno passo para que o dogmatismo se torne injustiça--principalmente quando os dogmáticos acreditam estar lidando com pessoas primitivas que não sabem o que é o melhor para elas. Esse é o peso dos burocratas seculares, entendem?

Estou dizendo que o direito de votar das pessoas religiosas está em perigo? Claro que não! Estou dizendo, "Isso é um retorno às  catacumbas?" Não! Mas há uma desconsideração pelas opiniões religiosas. Pode haver até mesmo uma desqualificação secreta e sutil de alguns para certos empregos em algumas situações, em um irônico "teste irreligioso" para o cargo.  

No entanto, se as pessoas não forem permitidas a defender, afirmar, e praticar, em todas as formas legítimas, as opiniões e ponto de vista que possuem que se baseiam em suas convicções religiosas, que tipo de homens e mulheres eles seriam, afinal? Nossos pais fundadores não esperavam ter uma igreja oficial estabelecida nem ter uma religião em particular favorecida pelo governo. Eles queriam que a religião fosse livre para fazer seu próprio caminho. Nem pretendiam eles ter a irreligião transformada em uma igreja favorecida pelo Estado. Percebam a terrível ironia se essa tendência continuar. Quando a igreja secular vai atrás de seus hereges, onde estarão os santuários? Para qual terra firme ou Rocha de Plymouth podem os futuros peregrinos ir?

Se viermos a nos tornar uma igreja secular, despojada de valores tradicionais e divinos, onde iremos buscar inspiração para as crises de amanhã? Poderemos apelar para a retidão de uma legislação específica para nos apoiar em nossas horas de necessidade? Seremos capazes de buscar abrigo sob uma Primeira Emenda que até lá poderá ser distorcida para favorecer a irreligião? Poderemos confiar, para a contraponto, na educação de valores em nossos sistemas educacionais cada vez mais secularizados? E se nossos governos e escolas falharem conosco, seríamos capazes de retornar à instituição da família, quando tantos movimentos seculares procuram destruí-la?  

Pode muito bem ser que, quando nossa época  de "padecer afronta pelo nome de Jesus" (Atos 5:41) chegar, que algumas dessas tensões em especial surjam naquela porção do discipulado que envolve cidadania. Lembrem-se de que, como Néfi e Jacó disseram, devemos aprender a suportar as "cruzes do mundo" (2 Néfi 9:18) e também desprezar "a vergonha [dele]" (Jacó 1:8). Continuar apegados à barra de ferro a despeito da zombaria e do escárnio que brotam da multidão naquele grande e espaçoso edifício visto pelo Pai Leí, que é o "orgulho do mundo", é ignorar a vergonha do mundo (1 Néfi 8:26-27, 33; 11: 35-36). Entre parênteses, por que -- realmente por que -- os descrentes que se alinham naquele espaçoso edifício assistem com tanto interesse o que os descrentes estão fazendo? Certamente deve haver outras coisas para os escarnecedores fazerem--a menos que, no fundo de seu aparente desinteresse, haja interesse.  

Se o desafio da igreja secular se tornar muito real, vamos, como em todas as outras relações humanas, nos basear em princípios mas ser agradáveis. Sejamos perspicazes sem ser pomposos. Tenhamos integridade e não passemos cheques com nossas línguas que nossa conduta não possa pagar. 

Antes da vitória final das forças da retidão, algumas escaramuças serão perdidas. Mesmo essas, porém, devem deixar um registro para que as escolhas perante o povo sejam claras e levem outros a fazerem o que desejarem diante do conselho profético. Também haverá tempos, felizmente, quando uma pequena derrota parecer provável, que outros irão adiante, tendo se agrupados em torno da retidão pelo que nós fizemos. Conheceremos a alegria, naquela ocasião, de ter despertado uma maioria adormecida de pessoas decentes de todas as raças e credos--uma maioria que estava, até então, inconsciente de si mesma. 

Jesus disse que quando as folhas da figueira brotam, "está próximo o verão" (Mateus 24:32). Assim advertidos de que o verão está sobre nós, não nos queixemos do calor.




quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Apresentador compra tela de SUD para presentear Donald Trump




"Sean Hannity acaba de comprar minha pintura The Forgotten Man (O Homem Esquecido) para dar a Donald Trump para pendurar na Casa Branca", publicou o pintor mórmon Jon McNaughton em seu perfil no Facebook na noite de 9 de novembro. 




Sean Hannity é um dos radialistas conservadores mais ouvidos nos EUA e apresentador da Fox News, ele é também autor de três livros, entre estes: Conservative Victory: Defeating Obama’s Radical Agenda  (Vitória conservadora: derrotando a agenda radical do Obama).

Jon McNaughton ficou conhecido por suas pinturas patriotas onde transmite na tela o que poucos, mesmo entre os republicanos, têm coragem de falar: o progressivo ataque do governo Obama à Constituição dos EUA e aos valores tradicionais do povo americano. Em sua descrição no Facebook da tela "The Forgontten Man" ele afirma:

Contra um céu escurecendo ao fundo, todos os presidentes do passado dos Estados Unidos se reúnem diante da Casa Branca, como se quisessem comemorar algum grande evento. No canto esquerdo da pintura senta um homem. Esse homem, com a cabeça inclinada, parece perturbado e desesperado enquanto contempla seu futuro. Alguns dos presidentes anteriores tentam consolá-lo enquanto olham na direção dos presidentes modernos como se dissessem: "O que vocês fizeram?" Muitos desses presidentes modernos, aparentemente alheios a qualquer coisa além de si mesmos, parecem estar felicitando-se uns aos outros por suas grandes realizações. Na frente do homem, o lixo de papel está soprando no vento. Letras de dólar amassadas, documentos legislativos e, como um sussurro - a Constituição dos EUA sob os pés de Barack Obama. 

Abaixo, uma entrevista concedida por McNaughton ao Sean Hannity Show em 20 de abril de 2012:



Conheça as obras de Jon McNaughton: jonmacnaughton.com 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Trump dispara em Utah




Trump está à frente de Hillary Clinton e Evan McMullin somados em Utah.

Com 8% dos votos apurados, Trump dispara com 54,3%.

Hillary Clinton e Evan McCmullim estão empatados com 20,9%.

Dados: New York Times

Acompanhe ao vivo o choro do pessoal da Goebbels News



Impagável!!

"Se o Trump ganhar na Virgínia a gente fecha a transmissão." Mainardi, Diogo.






sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Grupo inter-religioso envia carta ao presidente Obama contra relatório que estigmatiza religiosos

Bispo Caussé a assina em nome da Igreja.



Reproduzido em parte do site Mormon Newsroom


"Esse ataque aos discordantes não tem lugar nos Estados Unidos, onde todas as crenças, a liberdade para expressá-las e a liberdade para vivê-las são protegidas pela Primeira Emenda à Constituição."


A seguinte carta foi enviada ao Presidente Barack Obama, ao Senador Orrin Hatch e ao Presidente da Casa (House Speaker) Paul Ryan em resposta a um relatório emitido pela Comissão dos EUA sobre os Direitos Civis. A carta é assinada por um grupo diversificado de líderes religiosos (incluindo o Bispo Presidente Gérald Caussé de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), representando dezenas de milhões de americanos.  


7 de outubro de 2016

Ao Honorável Barack Obama
Presidente dos Estados Unidos
Casa Branca
1600 Pennsylvania Avenue, N. W. 
Washington, D.C. 20500

Ao Honorável Orrin G. Hatch
Presidente Pro tempore
Senado dos Estados Unidos
104 Hart Office Building
Washington, D.C. 20510

Ao Congressista  Paul Ryan
Presidente da Casa (Speaker House)
Casa dos Representantes dos Estados Unidos
H-232, The Capitol
Washington, D.C. 20515

Caro  Srs. Presdente, Senador  Hatch e Presidente Ryan:

Somos um grupo diversificado de líderes religiosos dos Estados Unidos das mais variadas perspectivas políticas, religiosas e ideológicas. Escrevemos para os senhores como reponsáveis pela indicação dos membros da Comissão dos EUA sobre os Direitos Civis.

Esperamos expressar nossa profunda preocupação com o relatório emitido pela Comissão, "Coexistência Pacífica: Reconciliando Princípios de Não-Discriminação com as Liberdades Civis", que estigmatiza dezenas de milhões de religiosos nos EUA, suas comunidades, suas instituições baseadas na fé e ameaça a liberdade religiosa de todos os nossos cidadãos.