A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias permanece enigmática para a
maioria das pessoas nos EUA. Ainda menos se sabe sobre a participação dos mórmons na política.
Para ser justo,
poucos são os que acompanham questões sobre religião e política
de perto que saibam muito sobre a participação dos mórmons no processo
político.
Mas espera-se que
isso mude. Os cientistas políticos David Campbell (Notre Dame), John
Green (Akron) e Quin Monson (BYU) têm um novo livro sobre os mórmons
na política americana. Seeking the Promised Land é um olhar
compreensivo na política mórmon que mostra o que
um típico membro SUD pensa sobre política.
Apresento aqui meus
cincos destaques do livro, cinco maneiras em que os mórmons são um
“povo peculiar” na política americana.
1. Os mórmons já
foram o inimigo público nº 1 dos republicanos
Quando o Partido
Republicano redigiu a primeira plataforma do partido em 1856, ela
incluía uma resolução clamando para que o Congresso proibisse "nos
territórios essas relíquias gêmeas da barbárie, poligamia e
escravidão”. Isso mesmo. A escravidão não era o único grande
mal a ser erradicado. Também o era a poligamia, praticada
pelos mórmons na época.
Durante a
predominância republicana na política nacional depois da Guerra
Civil, os mórmons foram virtualmente mantidos fora da política. Foi apenas depois que os SUD mudaram sua posição sobre a
poligamia que Utah recebeu a condição de estado. A Constituição
de Utah inclui a cláusula que proíbe a prática: “A poligamia ou
o casamento plural são proibidos para sempre.”
O partidarismo
mórmon depois da condição de estado pode ser descrito como
bipartidário. Não foi até os anos 70 que os mórmons se moveram
solidamente para o campo republicano.